07 outubro 2008

Não é só o Brasil que tem leis esdrúxulas...

Com maior poder e autonomia para garantir a segurança pública em suas cidades, os prefeitos italianos deram asas à imaginação aprovando normas polêmicas como a proibição de construir castelos de areia na praia, se beijar dentro de automóveis e andar de tamancos. Algumas leis que entraram em vigor em agosto, em pleno verão europeu, causaram surpresa e irritação nos italianos. 

A onda de leis bizarras se explica, talvez,  pelo maior poder concedido aos prefeitos, a partir do pacote de leis sobre segurança pública, aprovada pelo governo de Silvio Berlusconi e em vigor desde o final de julho. De acordo com a nova legislação, os mandatários municipais são encarregados de vigiar 
"tudo o que possa interessar à segurança e à ordem pública". 

Veja alguns potins curiosos:

* Em determinadas cidades, está proibido circular com garrafas de vinho ou latas de cerveja na mão; andar sem camisa; soltar fogos de artifício em festas privadas exceto aos sábados entre as 20h30 as 23h;  e cortar grama aos finais de semana. 

* Nas turísticas cidades de Positano e Capri, usar tamancos pode dar multa de 50 euros, por causa do barulho que fazem. 

* Circular em grupos de mais de duas pessoas nos parques públicos de Novara, no norte do país, depois das 23h30 pode dar até 500 euros de multa.

* A mesma cifra (500 euros!) pode ser cobrada de um casal que se beijar no carro na cidade de Eboli, no sul da Itália. 

* Em Veneza e Assis, terra natal de São Francisco, é proibido pedir esmolas. 

* Em Verona, os clientes de prostitutas podem ser multados em 500 euros. 

* Flanelinhas, além de multados em 40 euros, também têm o dinheiro ganho apreendido pela polícia.

* Estão proibidas em toda a Itália as massagens profissionais nas praias. Os massagistas podem levar multa de até mil euros.

* O  tradicional top less, muito apreciado pelas italianas, é vetado no litoral de Ravenna. 
Como as leis mudam de cidade para cidade, as medidas impostas pelos prefeitos geram confusão nos italianos e nos milhões de turistas que freqüentam o país.